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Mensagem por Admin Qua Dez 14, 2011 5:19 pm

Quem me contou esta história foi o Rogério, um
rapazinho meu amigo, que morava no 2º direito do prédio
onde eu moro. Deixou de ser meu vizinho há coisa de um
ano, pouco mais ou menos. O pai dele foi colocado em
Estrasburgo, que fica em França, perto da Alemanha, e,
como é bom de ver, a família mudou-se também.
Quando se foi embora, o Rogério passou por minha casa
para se despedir. Prometeu que me escreveria muitas
vezes, mas já se sabe: fora um postal com vistas da cidade
e um cartão de Boas-Festas, não voltei a ter notícias dele.
E senti-lhe a falta! Sim, tive, sinceramente, saudades do
Rogério e da Didi.
"Quem será esta Didi que aqui aparece de surpresa?",
perguntam vocês. Didi é nome de gato, ou melhor, de gata,
da gatinha do Rogério, uma simpática e atrevida bichana
que, quase todos os dias, eu tinha de ir levar ao 2º direito.
Entrava-me pela janela e saía ao colo, a princesa de olhos
azuis e rabinho alçado.
Moro no último andar de uma casa amansardada com
vista para o telhado e para o rio. Os telhados, como sabes,
são território exclusivo dos gatos. Por contrato antigo, os
bichanos tomaram conta dos telhados das cidades e ali
reinam e ditam leis. Que ninguém se atreva a contestar-lhes
o direito, porque senão pode haver guerra entre gatos e
homens, o que seria uma verdadeira desgraça,
principalmente para os homens.
Pois a Didi subia ao telhado pela escada de ferro, em
caracol, a escada das traseiras, mas para descer passava
sempre por minha casa. Devia ter tonturas com a escada de
caracol, nas curvas da descida, ou então simpatizava muito
comigo. Nunca cheguei a saber.
Fosse por que fosse, de Verão ou de Inverno, tinha
sempre a janela do meu quarto aberta, não se desse o caso
de sua excelência querer entrar... Que frio eu apanhei em
certos dias!
Todas as vezes que, com ela ao colo, tocava à campainha
do 2º direito, Dona Didi agradecia-me com um ronrom
muito expressivo.
– Aqui lhe trago a sua gatinha – dizia eu para a mãe do
Rogério, que era quem abria a porta.
– Para que se esteve a incomodar... Deixasse-a no
patamar da escada e ela que viesse pelo seu pé.
– Não, mãezinha, que ela podia fugir para a rua – dizia,
lá de dentro, o Rogério. – Com a escada de salvação não há
lá de dentro, o Rogério. – Com a escada de salvação não há
2
© APENA - APDD – Cofinanciado pelo POSI e pela Presidência do Conselho de Ministros
perigo, porque está trancada em baixo, mas, pela escada da
frente, punha-se na rua num instante. E os carros?
Eu, pelo meu lado, aprovava as cautelas do Rogério. A
mãe, embora não dissesse, também aprovava.
Ora, no outro dia, o Rogério voltou. Está de férias, em
casa de uns tios, e demora-se um mês por cá, para matar
saudades e rever amigos. Perguntei-lhe pela Didi e, neste
ponto, é que entra a aventura, que ele me contou.
O prédio para onde foram viver, em Estrasburgo, pouco
diferia do nosso: vários andares, vários inquilinos, escada
principal, escada de serviço, etc. Quem, a princípio,
estranhou mais foi a Didi, mas depressa achou meio de
subir para o telhado, e aí estava ela onde e como queria...
Admito que tivesse sentido uma certa falta do vizinho do
último andar... Lá se remediou à sua maneira. Talvez nem
sequer já se lembrasse de mim, a ingrata!
Os hábitos dos gatos respeitam-se e não se discutem. No
entanto, em certas ocasiões, é preciso pensar por eles,
como vão ver.
Na cidade para onde o Rogério tinha ido nevava e neva
sempre, durante o Inverno. Para o meu amigo, o
espectáculo da neve a cair, em flocos que parecem penas
brancas, era uma maravilhosa novidade. Para a Didi não
seria menos. Mas havia o problema do telhado que ficava
escorregadio e perigoso, sempre que nevava. Por isso a
Didi foi proibida de saltar para o telhado, o que ela não
conseguiu compreender.
Um dia, escapou-se. Quando o Rogério voltou da
escola, deram-lhe a notícia. A Didi tinha fugido para o
telhado e não conseguia descer.
– Chamamos os bombeiros – decidiu o pai.
E se a Didi se assustava? À vista de estranhos, podia
desequilibrar-se e...
A tarde correu depressa, sem que se achasse uma
solução.
A pobrezinha, no telhado, miava. Devia estar cheia de
frio. Que fazer?
O meu amigo Rogério, sem dizer nada a ninguém, o que
foi uma imprudência, subiu as escadas, abriu a muito custo
uma clarabóia e pôs os pés no telhado, tentando não se
desequilibrar. Deu um passo, dois passos... Estava escuro,
muito escuro, e não havia meio de conseguir ver a Didi,
que tinha o pêlo da cor da noite. O Rogério chamou,
primeiro baixinho, depois mais alto:
– Didi, sou eu. Vem cá, Didi.
Nem um ronrom, nem um miado, e o céu cada vez mais
escuro. Ele a dar mais um passo resvaladiço e um peso
inesperado a saltar-lhe para os ombros. Era a Didi, tiritante,
que lhe dava marradinhas no pescoço e se queixava do frio,
quase sem voz para um terno ronrom.
– Tivemos de aquecê-la junto da lareira e de cobri-la
com cobertores, porque a Didi não parava de espirrar –
contou o Rogério.
E aqui acaba a aventura verdadeira, trazida pelo meu
amigo, dos confins da Europa comunitária. A Didi, cidadã
europeia, um dia que regresse a Portugal, já tem muito que
contar aos outros gatos do nosso telhado...
FIM
Admin
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